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Falência entre micro empresas é maior por falta de CFO
Segundo a KPMG, em seis meses, o número de pedido de falências entre o setor foi de 47, sobre 72 requerimentos registrados em todo o ano
Ana Caselatto
Entre o fim de 2008 até junho de 2009, o número de pedidos de falência entre as micro e pequenas empresas, de acordo com a KPMG, foi o que mais chamou atenção: 47 no acumulado de seis meses, sobre 72 requerimentos registrados em todo o ano anterior. A informação foi passada por Salvatore Milanese, consultor da empresa, em evendo realizado recentemente.
De acordo com o especialista, entre alguns dos fatores que levam as companhias a solicitar recuperação judicial estão questões como a falta de liquidez, o estresse no relacionamento com fornecedores, o acúmulo de dívidas e a ausência de parte da equipe no “C level” (CEO, CFO, CIO), que pode ocasionar perdas no histórico de informações.
Esse movimento pode ainda ser atribuído à explosão do crédito que já é verificada desde 2000. O executivo pontua que os empréstimos - para pessoas física e jurídica - no ano mencionado chegavam a R$ 326,8 bilhões, enquanto no ano passado esse valor saltou para R$ 1,278 trilhão.
Planejamento
Foi ressaltado, apesar destes fatores e da necessidade de apresentar um projeto de reestruturação no momento do requerimento, que as companhias têm pouco planejamento para entrar neste processo.
“Em geral, as empresas mostram planos que tratam apenas os aspectos financeiros, descuidam das estratégias de gestão e apresentam isso diretamente na assembleia de credores sem ter discutido o assunto anteriormente”, explicou.