Nossa
missão é
somar sempre
Dólar sobe 1,68% e fecha cotado a R$ 1,813, maior patamar desde 5 de outubro
No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 8,81%.
Operando no campo positivo durante toda esta segunda-feira (21), o dólar comercial fechou em alta de 1,68% cotado a R$ 1,813 na venda. Essa é a maior cotação de fechamento alcançada pela moeda norte-americana desde 5 de outubro, quando a moeda fechou a R$ 1,8315.
Na agenda doméstica, os investidores acompanharam oRelatório Focus, trazendo mudanças apenas nas estimativas para a produção industrial deste ano, que vieram abaixo daquelas vistas na semana passada. Já a balança comercial, que registrou superávit de US$ 282 milhões na terceira semana de novembro.
Ademais, o Tesouro Nacional divulgou que a dívida pública interna do País avançou 0,51% e atingiu R$ 1,723 trilhão em outubro.
Apreensão na Europa...
A aversão ao risco nessa sessão foi impulsionado pela piora do cenário externo, sobretudo na Europa. Depois de George Papandreou na Grécia e de Silvio Berlusconi na Itália, os socialistas caíram na Espanha, com Mariano Rajoy, do direitista Partido Popular vencendo nas urnas com maioria absoluta no último domingo.
Chamou atenção também o comunicado da agência de classificação de risco Moody's, alertando para um possível rebaixamento da nota de crédito francesa. O ministro das finanças francês, François Baroin, respondeu a agência, afirmando que as condições de financiamento do país continuam "favoráveis", e que será feito um esforço para alcançar a meta de redução de déficit fiscal.
Já a Alemanha, principal economia do continente, está ameaçada de crescer pouco no ano que vem, elevando o sentimento de aversão ao risco. Por lá, o Bundesbank (Banco Central da Alemanha) reduziu previsão de crescimento para a economia acreditando que o país pode entrar numa trajetória "pronunciada" de fraco crescimento. Isso ocorreria com a piora da crise na Zona do Euro. A UE (União Europeia) deverá anunciar uma medida para tentar que isso ocorra, com a divulgação de propostas para a criação de eurobônus.
...e nos EUA
O clima também é tenso nos Estados Unidos, uma vez que o “supercomitê” do Congresso dos Estados Unidos não conseguiu chegar a um acordo quanto ao corte adicional de US$ 1,2 trilhão nos gastos públicos, ampliando o impasse entre republicanos e democratas quanto ao controle do déficit no país.
Enquanto isso, na agenda doméstica do país, o Existing Home Sales de outubro mostrou que as vendas de imóveis usados superaram as expectativas.
Dólar comercial, Ptax e futuro
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,8120 na compra e R$ 1,8130 na venda, forte alta de 1,68% em relação ao fechamento anterior. Com esta alta, o dólar acumula valorização de 6,45% em novembro, frente à queda de 9,48% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 8,81%.
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em dezembro segue o dia cotado a R$ 1,817, forte alta de 1,34% em relação ao fechamento de R$ 1,793 da última sexta-feira. O contrato com vencimento em janeiro, por sua vez, opera em forte alta de 1,36%, atingindo R$ 1,830 frente à R$ 1,806 do fechamento de sexta-feira.
Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,8061 na venda, queda de 1,91%.
O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,8059000.
FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 2,12 para janeiro de 2012, 0,25 ponto percentual abaixo do que foi registrado na sessão anterior.